ESPELHO DA ALMA: O suicídio como reflexo de conflitos emocionais e fragmentação do sujeito.
- Giovana Lima Rocha
- 14 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de fev. de 2021
Giovana Lima Rocha
Aluna do Ensino Médio da Escola Estadual Neusa Pimentel Barbosa, Paracatu. Email: giovanallimarocha1@gmail.com
Orientação: Professora Marina Letícia Câmara Gomes
A necessidade de discutirmos sobre as influências que circundam a vida dos jovens não é algo atual. Pesquisadores da área das Ciências Comportamentais tem apontado, há muitos anos, a importância de entendermos as referências sociais e a carga emocional a que esses jovens estão submetidos. Não obstante, o número de jovens atingidos pelas patologias psicossomáticas tem crescido de forma alarmante, o que colocou em alerta a comunidade científica e a sociedade como um todo. Como resultado de uma sobrecarga emocional e da falta de diálogo, muitos jovens encontram no suicídio a “ponte de saída” para os seus problemas, numa tentativa desesperada de calar os ecos caóticos que ecoam em suas vozes não ouvidas.
Além da influência familiar, os jovens, expostos a tantas informações e sem uma ancoragem emocional, podem se sentir perdidos sem a falta de um referencial. A disseminação das redes sociais trouxe muitas ferramentas positivas, como a possibilidade de aproximação e conectividade entre as pessoas; porém, por outro lado, expôs os jovens a referenciais que, muitas vezes, podem ser influências negativas. Ademais, as redes sociais facilitaram a exposição exagerada da vida, de forma que os jovens, muitas vezes, veem-se reféns de uma “teia de comparação” que envenena sua autoestima e enfraquece sua realização pessoal.
Como uma tentativa de conscientizar a sociedade sobre a importância de refletir e falar sobre esse assunto, o “Setembro Amarelo” promove uma campanha para que o suicídio não seja encarado como a saída para os problemas da vida. O dia 10 de setembro foi definido como dia mundial de prevenção ao suicídio, sendo adotado no Brasil a partir do ano de 2015, com a intenção de disseminar a máxima de que o diálogo é a melhor alternativa para calar os fantasmas emocionais.
Os resultados da campanha ainda são pequenos diante das taxas de suicídio que insistem em crescer e assombrar as famílias e o poder público. Entretanto, espera-se que, com o fortalecimento e a divulgação da campanha, mais pessoas, sobretudo os jovens, encontrem um espaço que possa silenciar as vozes equivocadas que sugerem o fim da vida como o fim dos problemas. Morrer nunca será solução para as dificuldades da vida. A melhor forma de vencer os problemas é a resiliência, a capacidade de encarar os problemas e permanecer otimista e positivo, entendendo que a vida, afinal de contas, foi feita para se viver.
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